quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Visita à Ofélia em S.Miguel e o regresso aos meus sketchings


Já mencionei que adoro viajar? Nem a previsão da visita do Furacão Ofélia à Ilha de São Miguel nos Açores me demoveu na minha primeira visita aos Açores. E ainda bem. Adorei São Miguel! Adorei os Açorianos. Gente muito simpática e genuína. Simples e francos. E a comida! Sempre me tinham dito que a comida na Madeira era muito melhor. Achei que era melhor, sim, mas não ao ponto de dizer que era muito melhor. Foi o que senti nestes dois dias na ilha. Foram dois dias intensos. Estou convencida que foi apenas a primeira de muitas idas aos Açores. 


Apanhamos logo o voo das 6 e tal da manhã que atrasou um pouco. Não consegui resistir aos tons do céu e comecei logo os meus rabiscos no avião.

Passámos o Sábado a fugir aos ventos da Ofélia. Assim que chegámos fomos deixar as coisas ao Hotel e passamos logo pelo Mercado. O resto do dia passeamos sobretudo de carro a ver as vistas. Conseguimos apanhar apenas com uns chuviscos aqui e ali ao longo do dia. 


Ao final do Sábado recolhemos ao Hotel para descansar um pouco antes do jantar, mas com esta vista não consegui resistir. Acabei de pintá-lo no dia seguinte.



Adoro faróis e apaixonei-me pelo Farol da Ferraria. Ali à beira mar no meio das ventanias da Ofélia, senti que tinha que retratá-lo. As canas da caneira estavam todas vergadas com as rajadas de vento e tive de apanhar o meu cabelo, sob o risco de ficar parecida com a Medusa. O Farol, ele, transmitia uma serenidade e uma calma, impassível à passagem da Ofélia.


Fiquei surpreendida com o Moinha das Feteiras. Ignorância minha, não conhecia o formato dos moinhos em São Miguel. Ou até conhecia e não me lembrar, pois imagino que deverá estar retratado num selo qualquer  de Portugal da minha colecção (não imagino não ter sido retratado num selo...). Integrado num Turismo Rural, está com aspecto de estar muito bem cuidado. Ainda contornei o muro na esperança de ver se conseguia entrar no Turismo Rural, mas estava tudo fechado. 

Tive um atraso de 5 horas no voo de regresso, o que foi óptimo, pois tendo sido previamente avisada das 3 primeiras, conseguimos gozar São Miguel até quase final da tarde, e, já no aeroporto e a bordo do avião, acabei de pintar os meus sketchs. 

Tenho de partilhar convosco um episódio muito engraçado. No átrio, à frente da porta de embarque, tinha uma senhora sentada ao meu lado que acabou por ficar no lugar ao lado do meu no avião. Quando, momentos antes de aterrar, guardei o meu kit de sketching, ela pôs-se comigo de forma muito educada e perguntou se estes desenhos eram pessoais ou se eu os expunha publicamente. Respondi-lhe que sim, eram pessoais e só os mostrava em privado. Ao que a Sra. de forma muito simpática disse que era uma pena, que mereciam ser expostos. Disse que adorava São Miguel e que revia a magia de São Miguel perfeitamente nos meus desenhos. Acabou por agradecer-me o privilégio de a ter deixado ver-me pintar. Que simpatia! Realmente a reacção das pessoas aos nossos desenhos é tão variada, mas normalmente sempre bastante agradável.

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